terça-feira, 29 de março de 2011

Boneco de Sal

Se você quer conhecer a Deus é preciso a decisão de se perder em Deus, despedaçar-se para emergir novamente cheio de convicções novas de quem você é e de quem Ele é, agora que o provou inteiramente. A vida cristã é um grande paradoxo. É dando que se recebe, é perdendo que se ganha. É deixando algo para trás, que o carneiro surge como a provisão necessária para não se matar um filho precioso. Submeter-se a Ele, exige total renúncia e entrega. É dissolver-se para estar junto à sua origem, mais do que nunca. Estar nEle, e Ele em você.
Hev

“Talvez uma estória dos mestres espirituais antigos nos esclareça o sentido da perda que produz um ganho. "Era uma vez um boneco de sal. Após peregrinar por terras áridas chegou a descobrir o mar que nunca vira antes e por isso não conseguia comprendê-lo. Perguntou o boneco de sal:" Quem és tu? E o mar respondeu:"eu sou o mar". Tornou o boneco de sal: "Mas que é o mar?" E o mar respondeu:" Sou eu". "Não entendo", disse o boneco de sal. "Mas gostaria muito de compreender-te; como faço"? O mar simplesmente respondeu: "toca-me". Então o boneco de sal, timidamente, tocou o mar com a ponta dos dedos do pé. Percebeu que aquilo começou a ser compreensível. Mas logo se deu conta de que haviam desaparecido as pontas dos pés. "Ó mar, veja o que fizeste comigo"? E o mar respondeu:"Tu deste alguma coisa de ti e eu te dei compreensão; tens que te dares todo para me compreender todo". E o boneco de sal começou a entrar lentamente mar adentro, devagar e solene, como quem vai fazer a coisa mais importante de sua vida. E na medida que ia entrando, ia também se diluindo e compreendendo cada vez mais o mar. E o  boneco continuava perguntando: "que é o mar". Até que uma onda o cobriu totalmente. Pode ainda dizer, no último momento, antes de diluir-se no mar: "Sou eu".  Desapegou-se de tudo e ganhou tudo: o verdadeiro eu.”
(Leonardo Boff, A Estória do Boneco de Sal)



quinta-feira, 24 de março de 2011

Castigos, final de tudo ou responsabilidade humana?


Quando eu vejo meninos e meninas sendo explorados, mulheres africanas sendo mutiladas e tendo que se redescobrir como mulher, pais se voltando contra os filhos sem nenhum pudor declarando a morte da inocência, homens se dirigindo à Bíblia como o objeto mais recente que adquiriram no mercado da fé, o desencantamento feminino, eu só vejo mais motivos para querer dormir e acordar em Deus. Assim como o sol nasce e se põe tão liturgicamente. Isto, não com um caráter fatalista, mas amando a Parusia, a volta de Cristo mesmo.

Caim deve ter estremecido quando Deus anunciou que o sangue de seu irmão clamava da terra. A terra não o aceitou, expele e profere a maldição. O solo é claramente atingido pelo pecado, ele sofre, não cala o segredo.

Na leitura veterotestamentária percebe-se a coerência entre pecado e um bem estar cósmico. ‘Adam e terra estão conectados, conferindo a ele autoridade para guardá-la e cultivar, ter domínio sobre o reino animal e ser participante ativo da criação (Gn 2.15; 1.26; 2.19,20). Freqüentemente Deus amaldiçoava o solo por causa da promiscuidade humana. Eles vendiam seus corpos ou sua adoração, e Deus cortava a fertilidade da terra ou amaldiçoava com pragas (Joel 1.18-20; Lm 1.11; Jr 49.17,18; Lv 18.25; Jr 9.10,11; 14.1-6; 23.10; 9.10; 25.36; Gn 19.24; Ex 9.14) Os pastos se secavam, os animais morriam. Deus mostra Seu domínio acima do domínio humano. Ele requer a atenção e pureza devida. Deus usa a natureza para efetuar juízo. Se entenderem isso, podem viver promessas de paz e restauração (Ml 4.6; 2 Cr 7.14).

No Novo Testamento Jesus inaugura o reino, libera a salvação a todo que crê; se importa com as chagas humanas e torna a Igreja uma comunidade militante contra a desigualdade social, fome, pobreza, indiferença. Esta Igreja é perdoada, curada, recebe a salvação em todos os âmbitos. Ela clama de maneira pessoal sem carecer de intermédio e Deus atende, mas ainda continua sofrendo as conseqüências de seus pecados. É levada a olhar para frente e deparar-se com o fim apocalíptico. Ela deve ficar atenta para não ser enganada. Os selos são abertos, os flagelos enviados e o mundo futuro é palco de destruição, fome, morte, peste e a terra em sua totalidade é atingida. 

O Apocalipse não é calendário. A escatologia não deve ser uma obsessão cristã ao ponto que chegue um anjo e nos pergunte o que estamos fazendo olhando pra cima. A realidade é aqui. O Reino é aqui e agora com forte esperança para o que há de vir. Fica claro na trajetória humana, que Deus se revela na natureza de forma bela e também terrível. Mas o homem é o maior agente de transformação da natureza, trazendo sobre si suas mudanças intempestivas. Mudanças estas, que o homem não consegue suportar. Não vamos tirar a responsabilidade do homem e colocá-la nas mãos de Deus. Deus se importa com a natureza como sua criação, mas não é o tirano que diz “agora então lançarei isto sobre eles”. Existem pessoas orando em vários pontos do mundo. Existem muitos missionários devotos no Japão, mas eles também tiveram que encontrar o luto. O Apocalipse nada mais é do que uma mensagem de urgência, alerta que aponta para o inevitável fim e para o Dia do Senhor. Nada poderá detê-lo e a dor não é privilégio apenas para os ímpios. Com exceção de algumas aflições que não chegarão aos genuínos servos do Cordeiro, a Bíblia não retira de nós o peso da morte, sofrimento e a dificuldade de, muitas vezes, ter que começar do zero novamente, reconstruindo tudo.

A Ekklesia é chamada para fora. Somos a comunidade terapêutica e comunicante do Messias que veio, nos encontrou feridos, curou nossas chagas, nos levou para uma hospedagem e disse que iria voltar. Ao passo que Cristo nos mandar ir e pregar, o foco da Igreja deve ser restaurar e ser o apoio em tempos de tão grande calamidade ao invés de ficar pontuando qual cavaleiro saiu ao encontro da terra para castigar. Há um grande perigo aí. O de se alienar da terra e ansiar incansavelmente o céu, pregando o céu, sonhando com o céu e sendo omisso com o Cristo que anda na terra.

Inevitavelmente, o mundo vai mudar e a Bíblia vai se concretizar, mas isso para nós que provamos da nova aliança, Brit Hadashah, é apenas motivo de júbilo pelo encontro com O Eterno que vamos ter e também de vigilância e trabalho, porque a seara é grande e ainda tem muita coisa pra eu e você efetuarmos aqui.

Bendito são os que amam a vinda do Senhor. Os que desejam ardentemente o dia em que vamos saber nosso novo nome numa pedra branca (Ap 2.17). Mas enquanto isso continuemos nosso trabalho, deixando a justiça divina a Seu próprio critério, e tornando-nos cada dia mais humanos, cuidando da terra, nossa origem em ‘Adam. Isso é cristianismo, isto é cidadania e o reflexo do Triuno Deus.
Hev






quinta-feira, 17 de março de 2011

Sem drama.

Jesus é testado pelos fariseus e escribas acerca do adultério de uma mulher (Jo 8:1-11). Se dissesse que ela devia ser liberta estava indo contra a lei mosaica. Segundo a lei (Lv 20.10) a mulher, casada, não devia nem ser apedrejada, devia morrer. Jesus não entra no jogo, ele toca onde mais dói: a consciência das pessoas. 

O Mestre está inclinado escrevendo com os dedos na terra enquanto todos esperam uma resposta com a intenção capciosa de acusá-lo e achar nele alguma falha já que vinha perdoando pecados. Jesus após a primeira pergunta continua agachado escrevendo, mas como insistiram ele os responde: “quem de vós estiver sem pecado atire a primeira pedra”. 

Com certeza não era esta a atitude que se esperava. O que ele tanto escrevia? Não importa. Podia ser os pecados daqueles que acusavam a mulher, podia ser o quanto ela tinha virtudes mesmo diante do seu erro ou talvez qualquer rabisco. A questão é que Jesus não compete, não vacila com meias palavras, ele é simples e direto, não cedendo à provação dos que tentavam o colocar numa situação constrangedora. 

Talvez nós, na posição da mulher, iríamos olhar e pensar como podíamos ser defendidos por alguém que nem demonstrava força, não se empenhava em desmistificar a lei e alguém que nem de pé estava. Muitas vezes já passou pela minha cabeça que Deus estava sentado sem se importar muito com o que acontecia comigo. Às vezes ele parece ser indiferente porque não faz o drama que nós esperávamos que ele fizesse por nós. “Poxa, só isso? É só isso? Não pode se levantar agora mesmo e me proteger direito como nós homens esperamos que o Senhor faça?" Ele não toma partido assim. Mantém a soberania nos momentos em que temos mais inquietação.

Às vezes eu acho que nós queríamos que Deus se desesperasse junto com a gente pra demonstrar assim, o quanto ele também está preocupado com a nossa vida. Mas ele está escrevendo algo que não entendemos bem enquanto nos sentimos constrangidos. É como “calma, eu estou no controle”. 

Então todos foram se retirando um a um, a começar pelos mais velhos. A consciência começou a acusar e certamente eles devem ter se lembrado de alguns momentos em que passaram bem distantes do cumprimento da lei. Jesus não fez pouco caso, ele sabia o tumulto que podia acontecer. Pode ser que nos momentos em que você acha que ele está sendo mais indiferente ou tardio concernente ao seu sofrimento, ele esteja te livrando de um escândalo. Ou agindo calmamente, da forma que você suporta. Ou esteja te dando uma lição. Espiritualmente nós estamos como aquela mulher que não podia defender a si mesma, estava condenada. Nós estamos sempre carecendo do agir de Jesus, sem poder nos pronunciar por nós mesmos: Isso é dependência. Do jeito dele, do modo dele, ele é por você. Não faz o drama que você queria, não corre como você queria. Ele sabe exatamente como fazer por você.
Hev





sábado, 12 de março de 2011

A satisfação de pecar

Sansão tinha algo muito especial. Mas ele não resistiu. Em Deus onde estás? C. Mesters diz que quando permitimos que um terceiro se ponha entre nós e Deus, perdemos a força e a coragem e nos tornamos joguete da malícia humana. 

Ninguém cai de uma só vez. Algumas formas de pecar são realmente muito satisfatórias e no momento é tudo o que precisávamos pra nos sentir vivos, talvez. 

José Comblin em Ecologia da Missão diz que o pecado, na humanidade, está estruturado e organizado, "até o ponto de vincular a liberdade das pessoas." A sociedade nos dá muito mais força para o conformismo do que para transformação. Nesse contexto de conformismo Jesus encontra escribas, fariseus, saduceus, anciãos, sacerdotes, romanos que não reagiam de maneira particular, mas, sempre de forma coletiva. Quando alguém não cumpre seu papel na caridade, não se culpa tanto porque a maioria das pessoas também não cumpre.

Se nós, que temos conhecimento de Deus, olharmos o pecado como um erro pessoal nos incomoda bastante, mas se levarmos para a humanidade às vezes não chega nem a tomar o meu tempo pensar nisso. 

Cristo faz com que as coisas comecem a se tornar bem pessoais. Jesus confronta os que se diziam sábios, leva a responsabilidade das ações para eles mesmos. Nem mesmo seu amor tão grande faz com que a salvação se torne coletiva. A responsabilidade da escolha é de cada um. 

O mais gostoso é não nos punirmos porque o preto e o branco se tornaram cinza. Não é tão ruim assim o que fizemos. Mas é aí que estamos nos desviando da missão e de quem nós somos, porque já não dominamos mais nossos pensamentos e carne, mas agora eles é que nos dominam. Nossa identidade fica borrada e adiamos a pureza. Um dia vamos buscá-la de volta.

Nos saciamos com o fato de poder controlar o outro e não sermos controlados. No meio disso tudo, podemos não estar sendo controlados pelo outro, mas certamente, por um caos interior. E o pecado em primeira mão é isso mesmo: Uma ruptura interior. E depois vem a ser algo que influencia na coletividade. Ele ocorre porque algo não está bem, porque nós não estamos satisfeitos. Não existe pecado atrelado à satisfação espiritual. Eu peco porque o meu alvo agora é outro. O pecado nos limita. Temos potencial para ir além, mas nossa visão está turva.

Deus tem tido sempre muita misericórdia de nós. Ele nos mostra que nos momentos em que mais nos achávamos livres e importantes, estávamos mais escravizados do que nunca. 

Querer pecar nos torna aflitos. É uma aflição que vamos carregar enquanto vivermos. David Bosch em Missão Transformadora diz que “se a aflição humana assume muitas formas, o poder de Deus faz o mesmo”. Graças a Deus que intervém em nossos momentos de loucura e nos mostra de uma forma que a gente possa entender que há mais pra nós do que simples tentativas de sermos aqueles que não precisamos ser. Ele nos leva de volta ao rumo mais uma vez.
Hev




sexta-feira, 11 de março de 2011

Em Cristo e em crise


Alguns dizem “não estou em crise, estou em Cristo”. É algo legal de se dizer se considerarmos crise como desespero, problemas crônicos, etc,. Vamos ver por outro lado... A palavra crise (krisiV- krisis) tem sua raiz no grego krinw,(- krino) que é separar, distinguir, julgar, considerar, criticar. Em muitos contextos, muitas aplicações.
Mas na maioria dos textos bíblicos que a usamos (Rm 14.5Mt 7.1/1 Co 11.13 [...]) se refere à julgar entre uma coisa e outra, fazer diferenciação. Então, se alguém está em Cristo, logo estará não poucas vezes em crise. A crise no sentido lato da palavra, traz alterações. Trata-se de momentos em que precisamos escolher. Temos a oportunidade de escolher entre uma coisa e outra, separar para distinguir. Tempo de discernimento, decisão.
O cristão diariamente se sente encurralado, numa tensão por ter que saber o que fazer.   Em momentos assim precisamos julgar corretamente baseados em verdades bíblicas e através da orientação que Deus  dá ao nosso coração. Em Deus vemos traços de decisão, de separação, diferenciação e de discernimento. Somos chamados não para sermos “os bons” que sabem a todo momento o que devem fazer, mas para enfrentarmos as  dúvidas e as confusões e estabelecermos juízos.
Salmos 119.113 fala sobre a inconstância, coração e mente divididos, duplicidade de pensamento. O salmista foge à tentação de oscilar e remete-se ao amor a lei que precisa ser constante, este amor é o que dá forças mediante ao sofrimento (v.92). Escolher a lei consolava o salmista.
No segundo ano de faculdade um amigo me disse algo que ouviu de um pastor chamado Dinart e eu guardei comigo: “Há um nível de graça que só conhecemos quando estamos no limite da dor.”  Um momento de “crise” é o momento exato para parar e discernir o melhor comportamento e decisão apoiando-se na maravilhosa graça de Cristo.
Hev 



terça-feira, 8 de março de 2011

Com orações e súplicas


Jesus, no Getsemâni, disse que sua alma estava triste até à morte (Mt 26). O próprio Deus Jesus procura companhia em meio a dor da separação e morte. A dimensão humana de Cristo chora e grita, pergunta a Deus porque o desamparou (Mc 15.34). Ele, ao deparar-se com a cruz, derrama "orações e súplicas a quem o podia livrar da morte" (Hb 5.7). 

Jesus precisou enfrentar a cruz e dominar e vencer a morte experimentando cruelmente dela. Entristecido e angustiado, decidiu orar na companhia dos discípulos. Cristo quis estar perto, compartilhar do medo. A consciência do que deveria acontecer consigo mesmo não impediu que ele se atemorizasse e expressasse isto. 

 O caminho da morte de Cristo estava cercado de pessoas. Mas ele entendia que ninguém o podia proteger senão o próprio Deus Pai. Tudo era preciso acontecer para que se cumprisse as Escrituras. Ele aceita. Ele sofre em sua mais profunda compaixão com os desequilibrados, enfermos, doentes, promíscuos, assassinos [...].

Compartilhar de alegrias e choro é um retrato divino. Não tenha medo de pedir ajuda. Muitos se sentem como que à beira do caminho, sem forças, esperando alguém que lhe socorra. Seu socorro virá. Não tenha medo de chorar. As raízes do remédio brotam das lágrimas e do cuidado que as pessoas certas lhe trarão. A Bíblia diz que felizes são os que choram,lamentam,porque haverão de rir (Lc 6.21). 

 Nouwen em A volta do filho pródigo cita o manuscrito não publicado de Freeman acerca da parábola: "O fato de que a parábola não tem um fecho indica certamente que o amor do pai não depende de um final adequado da história. O amor do pai só dele depende e continua parte do seu caráter".O amor de Deus não se limita às convenções humanas. As coisas não tem que acontecer como se espera. 

O carinho de Deus se desvela à você quando você está à beira do caminho mesmo, não se fazendo de forte. É quando você fica triste porque o final não foi o esperado. A morte não parecia ser o final triunfante de um Deus, mas ali estava a salvação do pecador.
Muito pouco importa quando o terrível se instala. Queremos o bálsamo. Precisamos experimentar vários lutos, morrendo também para aquilo que nos destrói, voltando assim mais fortes e vivos.No auge de todo sofrimento, transpire a confiança de que Deus está com você no monte.
Hev


terça-feira, 1 de março de 2011

salvação para o homem todo

Moltmann em O caminho de Jesus Cristo diz que "a salvação é o resumo de todas as curas". E "assim como a cura supera a doença, assim a salvação supera a morte. Sendo qualquer doença um prenúncio da morte de ameaça à vida, toda cura é um prenúncio vivo da ressurreição.” A salvação é a maior e mais importante cura. Ela abrange o homem todo. 

 Na salvação somos restaurados. Nossa dignidade, integridade é devolvida. A vergonha do pecado, sua marca e o afastamento por ele causado, são retirados dando lugar à honra e a reintegração. Jesus não se importou em se contaminar com o leproso. Ele se importava com todo tipo de cura. Pois a cura é um prenúncio do Reino. Nela instala-se o sentido de compaixão, ser simpático à dor do outro, é olhar e não fingir não ter visto. As partes em nós ainda não curadas, são alvos do amor de Deus. A dor física pode incomodar e precisar de restauração, mas uma dificuldade emocional e espiritual nos leva à maiores transtornos. 

Comblin em Missão Transformadora, de David Bosch, diz que o Verbo veio para pessoas concretas, ele vem ao encontro de cada um. Jesus veio para pessoas que sofrem e padecem. Pessoas de verdade que clamam por socorro e não temem expressar suas fraquezas e machucados.  Jesus traz para o mundo a dimensão do cuidado integral. O homem todo é alvo de Deus. Tudo em nós é de interesse divino. E para cura de nosso ser integral, ele morre. 

Conforme Comblin, não quis brilhar pela cultura nem conquistar pelo poder. O sinal supremo que lhes dá é a morte, "manifestação visível da mais completa incapacidade de dominar e de convencer por meio de argumentos tirados das culturas e civilizações". Através da "incapacidade" e "fraqueza" de Cristo, fomos restaurados à vida e a honra.
Hev