terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

O exercício de perdoar

Hoje na hora do almoço vi um jornal que cobriu o caso do menino de dez anos que morreu atingido por uma bala perdida na Serra. No velório do menino, sua mãe disse que perdoava as pessoas envolvidas na morte de seu filho. Ela disse que não adiantava agir de outra forma porque ela não espera nada da lei dos homens. A lei de Deus é a que não falha. E ainda falou com toda serenidade que esperava que estas pessoas se arrependessem. 

Esse é o Evangelho genuíno, um Evangelho que nos salva de nós mesmos. Nos liberta para o impossível. Eu não consigo nem imaginar uma coisa dessas, mas é quando o "símbolo supremo" que John Stott fala nos distingue dos outros. Este símbolo é o amor. Que é maior que a fé, a experiência, conhecimento e o serviço (I Co 13.1-3). Um coração cheio do amor de Deus é capaz de um grande ato heróico que muitos não chegam nem perto: perdoar. 

O ato heróico que o cristianismo propõe é fazer diferente de tudo o que se espera. Por isso, Deus é inesperado e totalmente inusitado. A dor pode até te causar revolta e não ser esquecida, mas não pode cortar a sua relação com Deus e nem fazê-lo amargurado. Abnegar uma dor tão grande e o desejo de justiça, parece ir contra nós mesmos. Parece que estamos deixando de lado algo de tanta importância quando na verdade temos que fazer algo, não podemos deixar desse jeito. Mas na verdade, não funciona assim. 

Stott diz que o caminho de Jesus é oposto.Quando nos perdemos é que nos encontramos. Quando deixamos de fazer tanto as nossas vontades, colocamos Deus no centro e Nele conseguimos agora, com nitidez ver quem somos. Perdoar é um exercício para muito tempo. Você pode começá-lo hoje.
Hev

1 comentários:

Rafael Porto disse...

Sobre isso que você disse:

http://blog.rafaelporto.com/2010/07/perdoar-e-perder-ganhando.html

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